segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Por falar em sorrisos...

Ocorreu-me há pouco, ao visitar a "Floresta das Leituras", uma frase de que gosto particularmente. Sou dos que pensam que a vida deve ser vivida com um sorriso e que, por isso, nos sorrirá de volta e há uma frase que espelha isso mesmo, que o meu irmão tinha num poster no seu quarto quando era pequeno:

"Sorri, sorri sempre, ainda que o teu sorriso seja triste, porque mais triste que o teu sorriso, é a tristeza de não saber sorrir."

Não sei quem é o autor, mas gosto muito desta frase, é uma espécie de lema de vida.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Nascidos no lado errado do mundo...


Vi hoje à noite uma reportagem na TVI que julgo ter sido transmitida pela primeira vez no ano passado - "Filhos do Coração" de Alexandra Borges -, para quem não saiba, o tema central são as crianças escravas do Gana, no Lago Volta. A Fundação Luís Figo colaborou na campanha de resgate de 10 crianças escravas, todas elas escravizadas desde muito pequeninas (4 ou 5 anos), por pescadores da zona, todas doentes à data do resgate. Uma resposta que me impressionou foi a de um dos meninos resgatados que, quando questionado sobre se tinha alguém que se preocupasse com ele, respondeu sem hesitar "Deus"...
Lembrei-me de uma outra reportagem que vi há umas semanas, da Cândida Pinto, já não sei em que canal, sobre as crianças orfãs em Moçambique, que vivem sozinhas porque os pais morreram infectados pelo HIV. Irmãos que vivem sozinhos, quase sem recursos, mas que andam quilómetros para irem à escola, de estômago vazio e em que os mais velhos cuidam dos mais novos. Comem o que conseguem recolher da natureza, têm saudades dos pais, fazem brinquedos com arames e latas velhas e sonham com... uma bola! (tão simples quanto isso!!) Quando um dos irmãos mais velhos foi questionado pela jornalista sobre o que lhes fazia falta, ele hesitou, mas respondeu "Nada."...

Perante isto, dei comigo a pensar que, neste país europeu à beira mar plantado, embora também havendo miséria, somos de certa forma privilegiados, nascemos do lado certo do mundo, as nossas crianças têm mais direito a ser crianças do que as que nasceram no lado errado do mundo…

Porque essas não têm os Direitos consagrados na Declaração dos Direitos da Criança, proclamada em 1959 pela ONU – onde estão os direitos à liberdade, dignidade, alimentação, habitação, assistência médica, protecção e socorro para estes meninos e meninas???? Já para não falar do direito a… brincar?! Tão simples como uma bola!!!

E assim se nasce do lado errado do mundo… Afinal, nem todos nascemos “livres e iguais”…

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Ser professor...

Não resisto a transcrever aqui um poema, de autor desconhecido (ao que parece) que encontrei por acaso na web e com o qual me identifico como professora (descobri-o em http://www.cf-francisco-holanda.rcts.pt/public/elo6/elo6_15.htm).

SER PROFESSOR

Ser professor é ser artista,

malabarista,

pintor, escultor, doutor,

musicólogo, psicólogo...

É ser mãe, pai, irmã e avó,

é ser palhaço, estilhaço,

É ser ciência, paciência...

É ser informação,

é ser acção.

É ser bússola, é ser farol.

É ser luz, é ser sol.

Incompreendido?... Muito.

Defendido? Nunca.

O seu filho passou?...

Claro, é um génio.

Não passou?

O professor não ensinou.

Ser professor...

É um vício ou vocação?

É outra coisa...

É ter nas mãos o mundo de

AMANHÃ

AMANHÃ

os alunos vão-se...

e ele, o mestre, de mãos vazias,

fica com o coração partido.

Recebe novas turmas,

novos olhinhos ávidos de

Cultura

e ele, o professor,

vai despejando

com toda a ternura,

o saber, a Orientação

nas cabecinhas novas que

amanhã

luzirão no firmamento da

Pátria.

Fica a saudade...

a Amizade.

O pagamento real?

Só na eternidade.


Apresento-o como espécie de tributo a alguns professores que tive e hoje me servem de referência e aos meus colegas que, todos os dias, não desistem de ser como são... apesar de tudo.