segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dia dos Avós - obrigada!

O dia dos avós nunca foi um dia especial para mim, porque os meus avós estavam ali, ao meu lado. Um beijo, um abraço, um sorriso, uma zanga, uma teima, estava tudo ali à mão, todos os dias da minha vida. Nasci e cresci com os meus avós maternos sempre por perto. A "casa da avó" era um bocadinho a minha casa. Lá sabia que tinha que contar com as regras e feitio especial do meu avô, mas também com o seu inteligente e peculiar sentido de humor e com a ternura e o sorriso da minha avó, uma daquelas avós-mãe, em cujo coração cabe sempre mais um.

Agora que a minha avó partiu e o meu avô é uma sombra do que foi, este dia torna-se mais triste e doloroso, mas, por outro lado, também feliz, pelo que vivemos juntos, eu, os meus avós e o meu irmão. Com eles descobrimos Lisboa, os museus, os monumentos. Não voltei a visitar o Palácio da Ajuda e o Palácio de Queluz, por exemplo, desde que os visitei com os meus avós. A "sopa de Lisboa" (que a minha avó fazia, sem panela de pressão, quando iamos à casa que tantos e tantos anos tiveram alugada na Graça) tinha um paladar único. Os ovos estrelados da minha avó tinham também um sabor especial. As histórias que o meu avô contava da sua juventude que podiam ser repetidas, mas só ele tinha graça a contar. O seu humor às vezes mordaz, mas ímpar. E tantas outras memórias...

Neste dia dos avós, esta é a homenagem que quero fazer aos meus avós. Estou triste, porque não os tenho comigo, mas feliz porque guardo deles memórias valiosas. Eles fazem parte de mim e há muita coisa no que hoje sou que é também obra deles. Muito obrigada, avó e avô!!

Sem comentários: