Num post de Setembro passado, referi-me aos amigos como uma família escolhida por nós e, de facto, este meu tio, não o era de sangue, mas era-me muito mais próximo do que alguns dos meus tios biológicos. Quando nasci, ele e mais alguns tios e tias já faziam parte da minha vida, eram amigos dos meus pais e faziam parte da família que eles já haviam escolhido.
Era uma pessoa alegre, carinhosa, conciliadora, acho que nunca o vi verdadeiramente zangado. É esta a imagem que deixou em mim e na minha vida. Em Setembro passado, quando esta família alargada se reuniu, lá estava ele e o seu sorriso. Mesmo já doente, quando o ia ver ao hospital, recebia-me com um sorriso e o seu terno sotaque alentejano que nunca perdeu, mesmo vivendo há décadas em Lisboa. Nestas visitas, discutíamos o Benfica, provocávamos um outro meu tio de coração que é sportinguista, riamos de anedotas... Chegou a melhorar e a esperança renasceu, mas foi apenas um engano. Partiu no dia de Portugal, cedo demais. Nessa noite, quase tive vontade de fazer como o meu afilhado que, já noite, cansado, correu para a rua à procura da estrela onde o avô está agora (a avó disse-lhe que aquele corpo já não era o avô, o avô agora estava numa estrela ou no fim do arco-íris).
Também eu dou por mim agora a olhar o céu à procura dessa nova estrela da constelação dos meus entes queridos que já partiram.
Onde quer que estejas, tio Caetano, quero dizer-te que guardarei no meu coração e nas minhas memórias a pessoa que foste. Um imenso xi-coração e... até sempre!
Também eu dou por mim agora a olhar o céu à procura dessa nova estrela da constelação dos meus entes queridos que já partiram.
Onde quer que estejas, tio Caetano, quero dizer-te que guardarei no meu coração e nas minhas memórias a pessoa que foste. Um imenso xi-coração e... até sempre!
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